Passaram-se mais de uma semana desde que Daniela havia chegado a sua cidade natal. Nesse pequeno espaço de tempo ela pôde conhecer algumas pessoas e até saber mais sobre as histórias envolvendo Stevam Medson, o homem com quem havia discutido alguns dias antes.
Sentiu medo de enfrenta-lo, afinal, pelo que soube, era um homem poderoso, temido por todos. Mas não podia fugir a promessa feita ao pai em seu leito de morte. Stevam Medson, por mais ameaçador que fosse, não iria se apoderar das terras do pai.
Naquela mesma tarde dirigiu-se ao cartório local. Queria alguém ali lhe explicasse o fato daquele homem lhe afirmar com tanta veemência que as terras de seus pais lhe pertenciam pois se ele possuía algum documento certamente seria falsificado.
-Porque as coisas são tão difíceis para mim?- Pensava Daniela enquanto estacionava sua caminhonete próximo um belíssimo Range Rover.
Qual não foi a sua surpresa ao entrar no cartório e dá de cara com Stevam Medson.
-Ora, ora! Vejam se não é a senhora Clinton. O que faz aqui? Pensei que já tivesse saído de minhas terras. Pelo visto terei que ir pessoalmente expulsa-la.- Disse Stevam rindo sarcasticamente.
-Senhor Medson não irei à lugar algum, e não diga "minhas terras" porque elas pertencem ao senhor e sim a mim!
-É muito patético da sua parte medir forças comigo senhora Clinton, se tivesse um pouco de bom senso nem pensaria nessa hipótese. Mas veja, aqui está esta escritura assinada pelo seu próprio pai afirmando que as terras agora me pertencem.- disse Stevam Medson entregando o documento a Daniela.
-Esse documento foi redigido aqui?- perguntou Daniela ao escrivão enquanto terminava de ler.
-Sim, na presença de seu pai e outras testemunhas- respondeu-lhe o escrivão.
-Então, senhora Clinton está satisfeita agora?-Perguntou-lhe Stevam.
-Estarei satisfeita quando processar a todos desse cartório e colocá-lo na cadeia Senhor Medson, esse documento é uma falsificação, essa assinatura não pertence ao meu pai!
-Não seja patética! Quem você pensa que é para me colocar na cadeia?- Gritou Stevam visivelmente irritado.
Um pequeno grupo de pessoas já se formavam ao redor para observar a discussão.
-Eu sou advogada conheço a lei os meus direitos!- Respondeu-lhe Daniela.
-Tenho pena de pessoas como você, garota! Não tem nem onde cair morta e acha que pode me enfrentar. Darei a você uma única chance de ir embora daqui e não aparecer nunca mais.
-Déspotas como você não me intimidam. Como lhe disse conheço bem os meus direitos e lutarei por eles.-Respondeu-lhe Daniela mais uma vez lhe dando as costas.
Mas antes que pudesse sair Stevam puxou-lhe pelo braço e sussurrou em seu ouvido:
-Você não sabe com quem está lidando!
O corpo de Daniela arrepiou-se numa sensação de medo e prazer.
Antes de entrar em seu ranger rouve Stevam lançou um olhar à Daniela que representava todo seu ódio.
Todos olhavam para Daniela admirados sem saber se ela era corajosa ou burra demais por enfrentar aquele homem...
Com um sorriso nos lábios Daniela admirava o belo buquê de rosas deixado em sua porta. Provavelmente deixaram-no ali a noite enquanto dormia pois o encontrara logo pela manhã.
Nem imaginava quem poderia lhe fazer uma surpresa tão agradável. Será que havia despertado o interesse de algum rapaz da cidade?
Pensou Daniela sorrindo satisfeita. Bem no meio das rosas encontrou um cartão com as seguintes palavras:
"q??ri?a ?a?i?la cli?ts?, s?i q?? é ?? s?? i?t?r?ss? r?sslv?r ss ?rs?l??as ??vslv???s as t?rras ?? s?? ?ai, ?sr isss t? ?s??rs ?? ?i??a casa ?ara r?sslv?r ?? ??a v?? ?sssss atritss.
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